Oi, contador! As mudanças na emissão das notas fiscais na Reforma Tributária já começaram a ganhar forma, e é fundamental entender o que muda no dia a dia dos escritórios contábeis.
Pensando nisso, a Makro preparou mais uma live especial com foco nos impactos diretos dessas alterações. Nesta edição, nosso mentor Halssil Júnior explicou, de forma prática e direta, mais detalhes do que sabemos sobre essas mudanças até então. Para que você, contador, possa orientar seus clientes com segurança.
Se você ainda está ajustando o sistema ou quer entender melhor como se preparar, esse conteúdo é pra você. Acompanhe o resumo completo da live e fique por dentro de tudo!
Você vai ler:
- O que muda na emissão de notas fiscais na Reforma Tributária?
- Como corrigir erros no XML?
- Quando as novas regras entram em vigor?
- O Simples Nacional precisa se adequar?
- Quais datas são importantes na implantação?
- Como classificar corretamente produtos e operações?
- Como se preparar para as mudanças no sistema?
- Fique por dentro com o Makro Responde
- Perguntas Frequentes
O que muda na emissão de notas fiscais na Reforma Tributária?
Com a Reforma Tributária, o processo de emissão de notas fiscais passa por mudanças importantes, e elas já começaram. A principal novidade está no XML, que é o verdadeiro documento fiscal eletrônico.
E nosso especialista do Departamento Fiscal, Halssil Júnior, reforça: o DANF não é a nota fiscal. Ele é apenas uma representação simplificada das informações contidas no XML. Ou seja, isso significa que muitos dados não aparecem no DANF e, por isso, é essencial que contadores saibam interpretar corretamente o XML.
Portanto, se o seu cliente ainda não atualizou o sistema ERP para incluir os novos campos exigidos, esse alinhamento precisa ser feito com urgência. Algumas tags obrigatórias já foram incluídas no XML, e a leitura correta desses dados será fundamental para garantir conformidade com as novas regras.
Além disso, vale lembrar que o espaço físico do DANF já é limitado para exibir todas as informações atuais (como CFOP, ICMS, substituição tributária e IPI, dependendo do modelo). Com a chegada dos novos tributos como CBS e IBS, é ainda mais inviável depender apenas do DANF para conferir os dados fiscais.
Como corrigir erros no XML?
Na prática, com as mudanças trazidas pela Reforma Tributária, é essencial entender como lidar com possíveis erros no XML das notas fiscais. Ou seja, se aparecer um erro na hora de emitir a nota fiscal, o primeiro passo é consultar o MOC – Manual de Orientação ao Contribuinte. É ele que mostra o motivo do erro e o que precisa ser ajustado.
Esse manual traz as regras e validações que o sistema utiliza. Se aparecer um erro na hora de emitir a nota, é lá que você vai encontrar o motivo do problema e a forma correta de ajustar a informação.
Embora os sistemas ERP costumam indicar onde está o erro, a responsabilidade de entender o que deve ser corrigido e como preencher corretamente os campos é do contador. Portanto, é importante acompanhar essas atualizações de perto.
O MOC está disponível no Portal da Nota Fiscal Eletrônica, na parte de “documentos e manuais”. A versão mais atual é a 7.0, e ali você encontra tudo: regras de validação, layout dos documentos e até instruções de contingência. Com as mudanças trazidas pela Reforma Tributária nas notas fiscais, esse manual virou item obrigatório no dia a dia do escritório.
Quais são as novas tags do XML?
Com a Reforma Tributária, duas novas tags passam a fazer parte do XML das notas fiscais: IBS e CBS. Por enquanto, o imposto seletivo fica de fora, já que ainda não existe regulamentação nem previsão de inclusão nas notas técnicas.
Ou seja, neste momento, o foco está apenas na estrutura para IBS e CBS, que vão substituir tributos como ICMS, ISS, PIS e Cofins. Essas novas tags já estão previstas no layout do XML e, em breve, se tornam obrigatórias. E por isso, é importante acompanhar de perto essas mudanças, porque, quando o prazo oficial chegar, a ausência dessas tags pode impedir a emissão da nota.
Quando as novas regras entram em vigor?
As mudanças no XML das notas fiscais já podem ser testadas a partir de agora, mas ainda não são obrigatórias no ambiente de produção. No momento, é possível enviar notas com as novas tags de IBS e CBS apenas no ambiente de homologação (o ambiente de testes).
Por enquanto, esses testes não têm validação obrigatória — ou seja, não impedem a emissão caso as tags não estejam preenchidas. Mas isso vai mudar em breve.
Para empresas do regime normal de tributação (lucro presumido e lucro real), o uso oficial das novas informações no ambiente de produção passa a ser obrigatório a partir de janeiro de 2026. Ou seja: agora é o momento de testar e ajustar tudo com calma, para não ter correria depois.
Leia mais:
O Simples Nacional precisa se adequar?
As empresas do Simples Nacional e os MEIs ainda não são obrigados a usar as novas tags de IBS e CBS no XML das notas fiscais. Essa exigência só começa a valer em janeiro de 2027.
Mas há uma exceção importante: quem ultrapassou o sublimite do Simples. Ou seja, empresas que faturam mais de R$ 3,6 milhões ao ano e recolhem ICMS por fora, vai precisar se adequar antes. Para esses casos, as novas regras já passam a valer a partir de janeiro de 2026. Resumindo:
- Ambiente de teste: preenchimento opcional desde julho de 2025.
- Ambiente de teste obrigatório: a partir de 6 de outubro de 2025.
- Produção obrigatória: a partir de 5 de janeiro de 2026, mas apenas para quem está fora dos limites do Simples.
Quais datas são importantes na implantação?
Com a chegada das mudanças nas notas fiscais na Reforma Tributária, algumas datas precisam entrar no radar do contador desde já:
- 6 de outubro de 2025: o uso das novas tags de IBS e CBS passa a ser obrigatório no ambiente de teste (homologação). A partir daí, todos os testes já precisam incluir essas informações no XML.
- 5 de janeiro de 2026: entra em vigor a obrigatoriedade no ambiente de produção, para empresas do regime normal de tributação (lucro presumido e lucro real) e também para empresas do Simples que passaram do sublimite (faturamento acima de R$ 3,6 milhões anuais e com ICMS fora do Simples).
No caso das empresas do Simples que estão nesse modelo híbrido, ou seja, recolhendo ICMS e ISS separadamente, ainda não está claro como será a exigência do IBS e CBS. A expectativa é que uma nova nota técnica traga essa definição até outubro de 2025. Já para os demais optantes do Simples Nacional e MEIs, a obrigatoriedade começa só em 4 de janeiro de 2027.
Mesmo que algumas datas não comecem no dia 1º do mês, como já era de costume, o que vale é o cronograma oficial. E mesmo antes dos prazos, nada impede que você antecipe os testes e comece os ajustes com seus clientes.
Como classificar corretamente produtos e operações?
Com as mudanças nas notas fiscais na Reforma Tributária, não basta só atualizar o sistema: o contador precisa entender a fundo a classificação tributária e o CST (Código de Situação Tributária) de cada produto e operação do cliente. No entanto, não é o ERP que define isso. Mas sim, você, contador.
Além do CST, agora será preciso informar a classificação tributária do item, o que exige atenção redobrada. Um mesmo CST pode ter variações. Por exemplo, dentro do CST 00 (tributação integral), você ainda vai ter que dizer se há redução de alíquota, isenção, crédito presumido, entre outros. E isso vale para todos os documentos: modelo 55, 65, 57, 67, 63.
Essas classificações determinam como IBS e CBS serão calculados e destacados no XML. No portal do DFe, já dá pra consultar os CSTs com a descrição completa, os documentos permitidos e, em muitos casos, os percentuais de redução já aplicáveis (como no exemplo da alíquota reduzida, código 200, com redução de 100% para CBS e IBS).
O ideal é sentar com o cliente, mapear as operações, entender CFOP, produtos, destino, finalidade, e tudo isso influencia na tributação correta. E, principalmente, não deixar isso para a última hora.
A responsabilidade pelo cadastro correto dessas informações é do contador. O ERP apenas executa. É o profissional contábil quem precisa orientar o cliente com base na Lei Complementar 214, que traz os detalhes das regras previstas até 2033. Algumas lacunas ainda vão ser preenchidas com novas notas técnicas, principalmente sobre o IBS estadual, mas até setembro já devem sair mais definições.
Enquanto isso, o momento é de estudo e organização, porque mesmo com alíquotas testes previstas para 2026, os detalhes como isenção e reduções já vão precisar estar no XML.
Como se preparar para as mudanças no sistema?
Com o ambiente de teste já liberado, agora é a hora de agir. O seu cliente já pode começar a emitir notas com as novas tags de IBS e CBS, mesmo que ainda não seja obrigatório. Essa é a melhor forma de verificar se o sistema está pronto — e se o cadastro está correto.
Alguns escritórios já enviaram circulares avisando os clientes sobre a atualização. Se o seu ainda não fez isso, é importante correr atrás: confira com cada cliente se o ERP já está adaptado para receber essas informações.
A prioridade neste momento é o cadastro de produtos, porque é ali que tudo começa. As tags precisam estar bem configuradas para que a emissão da nota funcione sem erro — e, de quebra, facilite a leitura para o contador que nem sempre domina a estrutura do XML.
Outra dica essencial: baixe o MOC (Manual de Orientação ao Contribuinte) e a nota técnica mais recente. Abra um XML, veja onde as informações aparecem e entenda o que cada campo significa. Isso vai te dar segurança para orientar o cliente, fortalecer sua parceria, e garantir que todo mundo esteja preparado quando a regra passar a valer.
A Makro continua acompanhando cada novidade. Novas notas técnicas ainda vão sair, especialmente sobre o imposto seletivo e os detalhes do Simples Nacional com excesso de sublimite. Mas o que já dá pra fazer agora, precisa ser feito. Portanto, não deixe pra depois. A hora de se preparar é agora.
Fique por dentro com o Makro Responde
O Makro Responde é uma série de lives semanais que acontece toda terça-feira, às 10h, no canal do YouTube da Makro. Nossos especialistas do departamento fiscal estão acompanhando de perto todas as mudanças da Reforma Tributária para ajudar você, contador, a entender o que muda na prática!
Além de tirar dúvidas ao vivo com nossos especialistas, você confere como a Makro já está preparando o sistema para receber as novas regras, com atualizações pensadas para facilitar sua rotina fiscal.
Todas as novidades sobre essas mudanças serão compartilhadas pelos nossos canais oficiais. Por isso, fique ligado nas próximas lives e acompanhe os conteúdos para se manter atualizado e oferecer um serviço cada vez mais completo aos seus clientes.
Perguntas Frequentes
O XML da nota fiscal passa a ter novas tags de IBS e CBS. O DANF continua, mas não mostra todas essas informações.
No ambiente de teste, a obrigatoriedade começa em 6/10/2025. No ambiente de produção, a partir de 5/01/2026 para empresas do regime normal.
A obrigatoriedade vale só a partir de janeiro de 2027. Mas quem ultrapassar o sublimite precisa se adaptar já em 2026.
Não. Ele continua como representação simplificada. As mudanças acontecem no XML, que é o documento fiscal de fato.
Sim. O sistema precisa estar pronto para preencher e enviar as novas tags no XML dentro dos prazos definidos. No entanto, se você é cliente da Makro, fique ligado em nossas redes para acompanhar as atualizações realizadas no sistema!
