A legislação tributária em 2026 inaugura uma nova etapa da Reforma Tributária e marca o começo da aplicação prática do novo modelo de tributação sobre consumo. Mesmo sendo um ano de transição, ele exige que o contador acompanhe regras tributárias atualizadas, entenda a nova apuração de tributos e adapte a rotina contábil para um cenário em que sistemas, notas fiscais e controles internos passam por mudanças importantes.
Ao longo deste artigo, você verá como essas mudanças fiscais impactam diretamente o trabalho dos escritórios contábeis, o que entra em vigor já em 2026, como funcionará o período de testes do IBS e da CBS e quais ajustes precisam ser feitos para garantir segurança, conformidade e apoio estratégico aos clientes.
Você vai ler:
- O que é a Legislação Tributária em 2026 e por que ela muda a rotina do contador?
- Quais as principais mudanças da legislação tributária em 2026 que impactam o trabalho contábil?
- Como a legislação tributária em 2026 afeta diferentes tipos de clientes?
- O que o contador precisa fazer agora: passos práticos para 2026?
- Quais erros mais comuns que os contadores precisam evitar em 2026?
- Conclusão: 2026 marca o início da maior mudança profissional da carreira contábil
- Perguntas Frequentes
O que é a Legislação Tributária em 2026 e por que ela muda a rotina do contador?
A legislação tributária em 2026 marca o início da aplicação prática do novo modelo criado pela Reforma Tributária. Segundo a Agência Senado, a LC 214/2025 regulamenta o funcionamento do IVA dual, composto pela CBS (federal) e pelo IBS (estadual e municipal). Embora esses tributos ainda não sejam recolhidos em 2026, eles passam a ser testados nacionalmente, aparecendo destacados nas notas fiscais para que governo e contribuintes validem o sistema. Isso significa que a transição tributária começou de fato, e não apenas no papel.
Esse movimento muda a rotina contábil porque 2026 inaugura uma fase em que o contador precisará trabalhar com dois sistemas ao mesmo tempo: o modelo atual, ainda responsável pelo recolhimento efetivo, e o novo padrão que seguirá até 2033, quando ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI deixarão de existir.
Na prática, isso impacta a emissão de notas, a conferência de créditos, a revisão do enquadramento tributário e o modo como cada operação é registrada e analisada. É um ano de adaptação, e é essa adaptação que vai definir a segurança fiscal dos próximos anos para os clientes.
Quais as principais mudanças da legislação tributária em 2026 que impactam o trabalho contábil?
O ano de 2026 inaugura uma virada prática na rotina dos escritórios. Mesmo sem recolhimento imediato de CBS e IBS, o contador passa a lidar com novas obrigações, testes de sistema e uma convivência complexa entre regras antigas e regras atualizadas.
Sendo assim, será um período que exigirá atenção redobrada, já que qualquer descuido poderá gerar divergências, assim como erros de apuração, um cenário já comum no país. Portanto, a seguir, estão os pontos que mais afetam o dia a dia contábil e que precisam ser acompanhados de perto.
Emissão de notas fiscais com destaque de CBS e IBS (ano-teste)
Em 2026, as notas fiscais começam a trazer o destaque simulado de CBS e IBS, conforme definido pela LC 214/2025. As empresas não recolhem esses tributos ainda, mas precisam informar os valores para que o Fisco valide o funcionamento do IVA dual. Para o contador, isso significa revisar parametrizações, ajustar cadastros, checar códigos e garantir que o cliente esteja emitindo as NFs corretamente. Qualquer inconsistência agora pode afetar a apuração futura.
Revisão obrigatória do enquadramento tributário
A transição exige que os escritórios revisem o enquadramento de cada empresa. No Simples Nacional, o regime é mantido, mas com limitações no aproveitamento de créditos, o que pode prejudicar a competitividade em algumas cadeias.
No Lucro Presumido, operações interestaduais e receitas financeiras passam a seguir regras atualizadas, exigindo novos controles. Já o Lucro Real enfrenta o maior impacto: a não cumulatividade ganha força e obriga uma análise mais fina de créditos, despesas e operações. Portanto, ignorar essa revisão pode levar empresas a pagar imposto acima do necessário.
Mudanças nos controles de crédito tributário
Com a ampliação da não cumulatividade, mais operações podem gerar créditos de IBS e CBS no futuro. Isso exige um controle documental mais rigoroso e a revisão de processos internos para identificar gastos que antes não eram aproveitados. Em 2026, mesmo sem recolhimento, o escritório já terá de orientar clientes a registrar e classificar essas despesas corretamente, para não perder créditos legítimos na transição.
Ajustes nas obrigações acessórias e padronização pelo CNSOA
O Ministério da Fazenda avança na simplificação com o CNSOA, responsável por revisar e unificar obrigações acessórias. Em 2026, essa padronização começa a impactar os escritórios por meio de testes, integrações e uso mais intenso do Domicílio Tributário Eletrônico (DTE). A expectativa é de que declarações sejam reduzidas nos próximos anos, mas, até lá, o contador precisa monitorar atualizações e manter os sistemas sincronizados.

Como a legislação tributária em 2026 afeta diferentes tipos de clientes?
As mudanças que começam em 2026 não atingem todas as empresas da mesma forma. Cada modelo de negócio vai sentir os efeitos da reforma de um jeito diferente, e isso exige que o contador faça uma leitura mais estratégica do perfil de cada cliente. Entender esses impactos é essencial para orientar decisões, ajustar rotinas e evitar erros que podem se transformar em prejuízo fiscal nos próximos anos.
Pequenas e médias empresas: riscos de erro e impactos competitivos
As pequenas e médias empresas entram em 2026 com um desafio extra. Segundo uma matéria divulgada pela Folha Vitória, cerca de 95% das empresas pagam impostos indevidamente ao cometem erros na apuração tributária. E esse número tende a crescer durante o período de transição. Para o contador, isso significa reforçar a revisão do enquadramento tributário, ajustar sistemas e acompanhar de perto a formação de preço.
A falta de atualização pode distorcer custos, reduzir margem e até prejudicar a competitividade dessas empresas, especialmente em cadeias que dependem de créditos futuros. Em muitos casos, pequenas inconsistências na documentação já são suficientes para gerar riscos fiscais e acúmulo de obrigações.
Setor de serviços: maior impacto e necessidade de acompanhamento próximo
O setor de serviços costuma sentir mudanças tributárias com mais intensidade. Isso acontece porque muitas atividades operam com estruturas enxutas e baixa tomada de crédito, o que aumenta a sensibilidade a variações de carga tributária. Com a chegada do novo modelo, algumas prestações podem registrar oscilações no custo final, exigindo um acompanhamento mais próximo do escritório contábil.
Além disso, empresas de serviços que trabalham com contratos de longo prazo precisarão realizar ajustes contratuais, revisar valores e explicar para os clientes como a transição pode afetar o faturamento. É um cenário que pede atenção constante.
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Indústria e comércio: ampliação de crédito e necessidade de reorganizar a cadeia
Para a indústria e o comércio, a ampliação da não cumulatividade tende a ser positiva, já que mais insumos e despesas poderão gerar créditos no futuro. No entanto, isso só se transforma em vantagem real quando há organização da cadeia produtiva, conferência de documentos e revisão de fornecedores.
Em 2026, mesmo sem o recolhimento dos novos tributos, o contador já precisa orientar essas empresas a registrar operações com mais rigor, manter notas alinhadas e garantir que tudo esteja pronto para aproveitar créditos de forma ampla quando a nova sistemática entrar em vigor. É uma mudança operacional importante que impacta compras, estoque e rotina interna.
O que o contador precisa fazer agora: passos práticos para 2026?
Chegar preparado para 2026 não é apenas conhecer as regras. É ajustar processos, orientar clientes e organizar a casa para evitar erros no período de transição. Como o ano já começa com testes fiscais, qualquer atraso pode comprometer a qualidade das entregas e gerar retrabalho. A seguir, estão os passos mais importantes para iniciar essa preparação de forma segura e objetiva.
Atualizar sistemas e parametrizações fiscais
O primeiro movimento é revisar todos os sistemas usados pelo escritório e pelos clientes. Em 2026, as notas fiscais passam a destacar os valores simulados de CBS e IBS, e isso exige parametrizações corretas. Vale conferir cadastros de produtos, CFOPs, NCMs, regras de crédito e integrações. Quanto antes o escritório ajustar seus softwares, menor a chance de inconsistências ao emitir documentos fiscais durante o ano-teste.
Revisar contratos e precificação com clientes
A transição tributária afeta margens, custos e a composição de preços. Por isso, revisar contratos é essencial. Algumas empresas precisarão recalcular honorários, atualizar cláusulas e ajustar a precificação de serviços ou produtos. O contador tem um papel direto nessa orientação, evitando que o cliente tome decisões às pressas ou subestime o impacto financeiro de 2026.
Identificar operações que geram crédito
Com a ampliação da não cumulatividade, muitos gastos passarão a gerar crédito no novo modelo. Embora os créditos de IBS e CBS só sejam aproveitados plenamente nos anos seguintes, 2026 já é o momento ideal para mapear essas operações. Registrar tudo corretamente desde agora evita perda de crédito e facilita auditorias futuras. Esse cuidado faz diferença para empresas industriais, comerciais e prestadoras de serviços.
Simular o impacto da alíquota padrão
Simular cenários com a alíquota padrão prevista ajuda o contador a orientar decisões estratégicas. Mesmo que a alíquota final seja definida posteriormente, trabalhar com previsões permite antecipar impactos no fluxo de caixa, na precificação e nos custos operacionais. Essas simulações ajudam o cliente a se preparar com mais segurança para a mudança.
Treinar equipes internas e preparar clientes
A transição exige preparo técnico. Treinar equipes internas, atualizar rotinas e promover reuniões de orientação com os clientes são ações indispensáveis. Muitos empresários ainda têm dúvidas sobre o que muda em 2026, e cabe ao contador explicar de forma clara como será esse período. Quanto maior a clareza agora, menor o risco de erros e retrabalho ao longo do ano.
Quais erros mais comuns que os contadores precisam evitar em 2026?
2026 exige cuidado dobrado. Erros simples podem gerar inconsistências nos testes de CBS e IBS e prejudicar a apuração nos anos seguintes. Estes são os pontos de atenção que não podem passar batido:
- Não preparar o cliente financeiramente: sem orientação, empresários subestimam impactos e atrasam ajustes essenciais para o fluxo de caixa.
- Classificação incorreta de operações: cadastros desatualizados podem gerar destaque errado de CBS e IBS e comprometer conferências futuras.
- Sistemas sem compatibilidade para o ano-teste: falta de atualização nos ERPs e emissores causa notas fiscais incorretas e perda de informações importantes.
- Perda de crédito por documentação fraca: notas incompletas, despesas sem comprovantes e falhas no registro podem impedir o aproveitamento de créditos na transição.
- Não revisar o enquadramento tributário: manter empresas no regime errado pode elevar custos e reduzir competitividade já em 2026.
Conclusão: 2026 marca o início da maior mudança profissional da carreira contábil
O ano de 2026 não será apenas de transição. Mas, sim, um ponto de virada que redefine processos, exige atualização constante e coloca o contador no centro das decisões das empresas. Quem se adaptar rápido ganha espaço, reduz riscos e se torna um parceiro estratégico em um cenário de regras novas e obrigações em mudança.
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Perguntas Frequentes
Em 2026 inicia o ano-teste da reforma. As empresas passam a destacar CBS e IBS nas notas, e o contador precisa trabalhar com dois modelos ao mesmo tempo.
As notas terão o destaque simulado dos novos tributos. O escritório deve ajustar sistemas e conferir se cada operação está sendo registrada da forma correta.
Sim. O regime continua, mas o uso de créditos será limitado. Isso pode influenciar preços e competitividade em algumas atividades.
A não cumulatividade será ampliada. Para aproveitar créditos no futuro, o contador já deve organizar documentação e classificar despesas com mais rigor.
