Antes de chegarmos à Geração Z, é importante entender o pano de fundo histórico. Os Baby Boomers (1946-1965) cresceram com a ideia de que estabilidade no trabalho era a chave do sucesso. Já a Geração X (1966-1977) enfrentou desafios como crises econômicas, mas também iniciou a busca por equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Os Millennials (1978-1995), imersos no avanço tecnológico, buscaram propósito e inovação no trabalho.
Agora, chegamos à Geração Z (1995-2010), também chamada de “Zoomers.” Essa geração nasceu conectada à internet, mas enfrenta um cenário paradoxal: enquanto alguns querem reinventar carreiras, outros são categorizados como “nem-nem”: nem trabalham, nem estudam.
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O fenômeno “Nem-Nem” na Geração Z
No Brasil, o termo “nem-nem” descreve jovens que não estão empregados nem frequentando instituições de ensino. Segundo o IBGE, mais de 11 milhões de jovens se enquadram nessa categoria. A Geração Z representa grande parte desse número, e as razões vão além da falta de interesse.
Muitos jovens enfrentam barreiras sociais e econômicas que dificultam sua inclusão no mercado de trabalho. As mulheres negras, por exemplo, são desproporcionalmente afetadas, acumulando estigmas relacionados a gênero, raça e classe social. Mas existe também uma parcela da Geração Z que simplesmente não se identifica com os moldes tradicionais de trabalho e educação.
Por que a Geração Z resiste ao trabalho e ao estudo?
Diferente das gerações anteriores, a Geração Z não associa dignidade à permanência em empregos estáveis e rotineiros. Para muitos, a ideia de passar anos na mesma função soa antiquada e pouco atraente. Além disso, as condições de trabalho, especialmente no Brasil, não oferecem segurança nem perspectivas de crescimento rápido, fatores que desmotivam ainda mais.
Essa geração busca qualidade de vida e propósito acima de tudo. Eles querem um trabalho que faça sentido, mas nem sempre encontram esse alinhamento. A crescente digitalização e a possibilidade de viver com suporte financeiro familiar também contribuem para a escolha de não trabalhar ou estudar.
Por outro lado, existe a pressão social para se encaixar em padrões que a própria Geração Z rejeita. Isso pode levar à sensação de estagnação, fazendo com que muitos optem por permanecer no conforto do lar, adiando decisões sobre o futuro.
Impactos econômicos e o papel do contador
Para os contadores, o fenômeno “nem-nem” não é apenas uma curiosidade sociológica, mas um reflexo de um mercado de trabalho em transformação. A ausência de jovens na força de trabalho afeta diretamente a arrecadação de impostos e o equilíbrio da previdência social. Além disso, empresas enfrentam dificuldades para atrair e reter talentos da Geração Z, exigindo adaptações em políticas de remuneração e benefícios.
Compreender o que motiva essa geração é essencial para planejar estratégias de gestão e investimento. Flexibilidade, programas de capacitação e ações que promovam diversidade e propósito são algumas das soluções para envolver esses jovens.
Uma geração entre escolhas e limitações
A Geração Z é frequentemente acusada de preguiça ou falta de ambição, mas a realidade é mais complexa. Eles rejeitam modelos ultrapassados e enfrentam desigualdades históricas, enquanto buscam propósito e autonomia.
Para quem trabalha com planejamento econômico ou financeiro, como contadores, entender o comportamento da Geração Z é mais do que um exercício acadêmico. Enfim, é uma necessidade. Afinal, eles são a próxima força de trabalho, e seu impacto no mercado será sentido por décadas.
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Entendendo a Geração Z
A Geração Z cresceu com acesso à internet e tecnologia desde cedo. Eles são os primeiros a não conhecerem um mundo sem redes sociais, smartphones e acesso rápido à informação.
Eles valorizam ambientes colaborativos e horizontais. A Geração Z prefere líderes que atuam como mentores, em vez de chefes autoritários.
As mídias sociais, como TikTok e Instagram, moldam seus hábitos de consumo e visão de mundo. Eles também priorizam temas como diversidade, sustentabilidade e justiça social.
Muitos jovens da Geração Z sonham em empreender, especialmente em áreas digitais, como e-commerce e criação de conteúdo. Porém, as dificuldades de acesso a recursos financeiros limitam esses planos.
A pandemia acelerou a transição para o trabalho remoto e intensificou a ansiedade sobre o futuro. Muitos jovens repensam suas prioridades, buscando flexibilidade e saúde mental acima da estabilidade.
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