Descubra como a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE combustíveis) possui influência no desenvolvimento do Brasil! Você já ouviu falar dessa contribuição especial que tem o objetivo de financiar a intervenção do Estado no domínio econômico?
Em um momento de abertura econômica e reformas estruturais, a CIDE foi criada para direcionar recursos para áreas prioritárias, promovendo o desenvolvimento e melhorando a infraestrutura do país.
Neste artigo, vamos explorar em detalhes as duas modalidades principais da CIDE: a CIDE-Combustíveis e a CIDE-Remessas. Descubra como essas contribuições específicas incidem sobre a importação, comercialização e remessas ao exterior, e como os recursos arrecadados estão sendo utilizados para impulsionar setores estratégicos da economia brasileira.
Boa leitura!
Você vai ler:
O que é o CIDE?
A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, um tributo social estabelecido pela Constituição Brasileira. Ela tem um propósito bem definido: financiar a intervenção do Estado no domínio econômico.
Criada pela Lei nº 10.336/2001, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, lá nos anos 2000. Naquela época, o Brasil estava passando por um processo de abertura econômica e reformas estruturais, buscando modernização e atraindo investimentos estrangeiros.
Era uma fase de transformação e para acompanhar toda essa mudança, o governo percebeu a necessidade de criar uma forma de financiar ações governamentais voltadas para infraestrutura e desenvolvimento econômico. E assim nasceu a CIDE, dividida em duas modalidades: CIDE-Combustíveis e CIDE-Remessas.
CIDE-Combustíveis
A CIDE-Combustíveis é aquela que incide sobre a importação e comercialização de combustíveis. A ideia é arrecadar dinheiro para investir em projetos de infraestrutura de transportes. Afinal, o setor de transporte é super importante pro desenvolvimento econômico. Então, toda vez que você abastece seu carro com gasolina, diesel, etanol ou até gás natural veicular, uma parte do valor é destinada à CIDE-Combustíveis, que tem como finalidade a melhoria das estradas, a construção de novas vias e a modernização do sistema de transporte.
CIDE-Remessas
Agora, a CIDE-Remessas é um pouquinho diferente. Ela incide sobre remessas ao exterior para pagamento de serviços técnicos, científicos e administrativos. Sabe quando uma empresa brasileira contrata uma empresa estrangeira para fazer um serviço técnico? Sim, nessa transação, a empresa precisa pagar a CIDE-Remessas sobre o valor remetido. O valor arrecadado por meio dessa contribuição é destinado ao financiamento de projetos de inovação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Contudo, essa é uma forma de incentivar a capacitação tecnológica e fortalecer setores estratégicos da economia brasileira.
Vale ressaltar que a CIDE não é um imposto comum, é uma contribuição específica com finalidades bem definidas. Ela foi criada para garantir recursos direcionados para áreas prioritárias, promovendo o desenvolvimento econômico e melhorando a infraestrutura do país. Ao longo dos anos, a CIDE tem passado por ajustes e atualizações para se adequar às demandas e necessidades do Brasil. A ideia é buscar um modelo de desenvolvimento sustentável e impulsionar a economia, tudo para melhorar a qualidade de vida da nossa população.
Quem criou a CIDE para os Combustíveis?
A CIDE-Combustíveis foi criada no Brasil durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. A lei que instituiu a contribuição, Lei nº 10.336/2001, foi promulgada em 19 de dezembro de 2001.
Fernando Henrique Cardoso foi presidente do Brasil de 1995 a 2002, e seu governo foi marcado por diversas reformas econômicas e estruturais. Durante seu mandato, houve um esforço para modernizar a economia brasileira, atrair investimentos estrangeiros e promover a estabilidade macroeconômica.
A criação da CIDE-Combustíveis foi uma das medidas adotadas para obter recursos destinados ao financiamento de projetos de infraestrutura de transportes. A contribuição incidiria sobre a importação e a comercialização de combustíveis, com o intuito de captar recursos para investimentos em rodovias, ferrovias, portos, hidrovias e outros projetos relacionados à melhoria da infraestrutura logística do país.
A criação da CIDE-Combustíveis foi uma das medidas adotadas para obter recursos destinados ao financiamento de projetos de infraestrutura de transportes. A contribuição incidiria sobre a importação e a comercialização de combustíveis, com o intuito de captar recursos para investimentos em rodovias, ferrovias, portos, hidrovias e outros projetos relacionados à melhoria da infraestrutura logística do país.
Como se calcula a CIDE?
O cálculo da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) pode variar de acordo com a modalidade em questão, seja a CIDE-Combustíveis ou a CIDE-Remessas. Vamos explorar como o cálculo é feito para cada uma delas:
Como se calcula a CIDE-Combustíveis?
O cálculo da CIDE-Combustíveis baseia-se na aplicação de uma alíquota específica sobre a quantidade de combustível comercializada.Essa alíquota pode variar de acordo com o tipo de combustível. Por exemplo, para a gasolina, a alíquota é de R$0,10 por litro, enquanto para o diesel é de R$0,05 por litro.
Suponhamos que uma empresa venda 10.000 litros de gasolina. O cálculo da CIDE-Combustíveis é feito da seguinte maneira: a empresa deve pagar R$1.000 de CIDE-Combustíveis, correspondendo a 10.000 litros multiplicados por R$0,10.
Como se calcula a CIDE-Remessas?
A CIDE-Remessas calcula-se aplicando a alíquota de 10% sobre o valor das remessas ao exterior destinadas ao pagamento de serviços técnicos, científicos e administrativos.
Vamos considerar que uma empresa brasileira realiza uma remessa de R$100.000 para pagar por serviços técnicos prestados por uma empresa estrangeira. A empresa realiza o cálculo da CIDE-Remessas da seguinte forma: ela deve pagar R$10.000 de CIDE-Remessas, que representa 10% do valor de R$100.000.
É importante lembrar que os valores mencionados acima são exemplos hipotéticos e podem variar ao longo do tempo, pois a legislação tributária pode sofrer alterações.
Qual o valor da CIDE na gasolina?
Atualmente, o valor da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) na gasolina é de R$0,10 por litro. O governo aplica a alíquota da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a comercialização da gasolina no Brasil. É importante ressaltar que o valor da CIDE pode sofrer alterações ao longo do tempo, pois está sujeito a decisões e ajustes governamentais.
Quem paga o CIDE?
Diferentes agentes econômicos são responsáveis pelo pagamento da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), variando de acordo com a modalidade específica. Vamos analisar quem são os responsáveis pelo pagamento em cada caso:
Quem paga a CIDE-Combustíveis?
Na modalidade CIDE-Combustíveis, os agentes que importam ou comercializam os combustíveis são responsáveis pelo pagamento. Isso inclui as refinarias, distribuidoras, postos de combustíveis e demais empresas envolvidas na cadeia de abastecimento.
Por exemplo, quando um posto de combustível vende gasolina aos consumidores finais, ele é responsável por recolher e repassar o valor da CIDE-Combustíveis ao governo. Dessa forma, o ônus financeiro da contribuição recai sobre os consumidores finais, que pagam o valor do combustível acrescido dos impostos, incluindo a CIDE-Combustíveis.
Quem paga a CIDE-Remessas?
Na modalidade CIDE-Remessas, as empresas brasileiras que realizam remessas ao exterior para pagamento de serviços técnicos, científicos e administrativos são responsáveis pelo pagamento.
Quando uma empresa brasileira contrata serviços de consultoria de uma empresa estrangeira, ela deve pagar a CIDE-Remessas sobre o valor remetido ao exterior. Nesse caso, o ônus financeiro da contribuição recai diretamente sobre a empresa brasileira que está contratando os serviços.
Portanto, na CIDE-Combustíveis, os agentes responsáveis pelo pagamento são os que importam ou comercializam os combustíveis, enquanto na CIDE-Remessas, são as empresas brasileiras que realizam remessas ao exterior para pagamento de serviços técnicos, científicos e administrativos. Em ambos os casos, os agentes econômicos envolvidos nas operações específicas relacionadas a cada modalidade são responsáveis pelo pagamento da CIDE.
Quando pagar CIDE?
A CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) possui prazos e condições específicas para o seu pagamento, dependendo da modalidade em questão. Analisaremos em cada caso quando as empresas devem realizar o pagamento da CIDE.
Quando pagar a CIDE-Combustíveis?
Os agentes responsáveis pela importação ou comercialização de combustíveis devem realizar o pagamento da CIDE-Combustíveis em intervalos mensais. Esses agentes têm a obrigação de recolher a contribuição e repassá-la ao governo.
Por exemplo, os postos de combustíveis são responsáveis por calcular e recolher a CIDE-Combustíveis sobre a venda de cada litro de combustível. A empresa deve efetuar o pagamento desse valor mensalmente, de acordo com os prazos e as obrigações fiscais estabelecidos pela legislação vigente.
Quando pagar a CIDE-Remessas?
As empresas brasileiras que realizam remessas ao exterior para pagamento de serviços técnicos, científicos e administrativos devem realizar o pagamento da CIDE-Remessas.
A empresa deve efetuar o pagamento do valor da contribuição no momento em que realiza a remessa dos recursos para o exterior.
Por exemplo, quando uma empresa brasileira contrata serviços de consultoria de uma empresa estrangeira e realiza uma remessa para efetuar o pagamento, é necessário calcular e pagar a CIDE-Remessas no momento da operação.
É importante ressaltar que o não pagamento da CIDE nos prazos estabelecidos pode acarretar em penalidades e juros, conforme a legislação tributária. Portanto, é fundamental que as empresas e agentes envolvidos estejam atentos aos prazos e cumpram as obrigações fiscais relacionadas ao pagamento da CIDE de acordo com as normas estabelecidas.
Descubra mais sobre o universo contábil. Siga a Makro System em todas as plataformas digitais!
O que você leu neste artigo:
O CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) é um tributo social estabelecido pela Constituição Brasileira para financiar a intervenção do Estado no domínio econômico.
O governo do presidente Fernando Henrique Cardoso criou a CIDE para os Combustíveis por meio da Lei nº 10.336/2001.
O cálculo da CIDE para os Combustíveis baseia-se na aplicação de uma alíquota específica sobre a importação e comercialização de combustíveis, com o objetivo de destinar recursos para investimentos em infraestrutura de transportes.