A greve de auditores da Receita Federal, que já acontece há mais de cem dias, pode impactar diretamente o atraso na Restituição do IR (Imposto de Renda). A greve já travou tanto a entrada quanto a saída de mercadorias no país, também paralisou os julgamentos de processos por sonegação fiscal. E, além disso, causou falhas no lançamento do programa de declaração do Imposto de Renda deste ano. Saiba mais sobre esses impactos.
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Sobre a greve e o atraso na Restituição do IR
O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) admite que a greve deve atrasar o processamento das restituições. Com isso, adiar também o pagamento aos contribuintes.
Segundo o presidente do Sindifisco, Dão Pereira dos Santos, se a greve se prolongar por muito tempo, pode sim, haver um atraso no pagamento da restituição do Imposto de Renda (IR). Isso porque as declarações que caírem na malha fina vão levar mais tempo para serem analisadas.
Os impactos da greve de auditores
Essa não é a primeira vez que as falhas no IR impactam o contribuinte. De acordo com o Sindifisco, foi essa greve que também atrasou a liberação da declaração pré-preenchida. Embora o período de entrega do IR 2025 tenha iniciado no dia 17 de março, foi só no dia primeiro de abril que a declaração ficou disponível.
Por causa da greve, a Receita também deixou de produzir neste ano a tradicional cartilha de perguntas e respostas. Um importante documento que costuma orientar os contribuintes e esclarecer as principais dúvidas sobre o preenchimento da declaração.
O sindicato também afirma que uma equipe especial da Receita, sendo assim, responsável por reforçar a arrecadação, está com R$ 14,6 bilhões em negociações avançadas com grandes contribuintes. Mas esse dinheiro só deve entrar nos cofres públicos depois que a greve acabar, já que o trabalho está parado. O Ministério da Fazenda, ao ser procurado para se manifestar sobre a greve, não comentou sobre o assunto.
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O impasse do reajuste salarial
A greve continua por causa do impasse sobre o reajuste salarial dos auditores fiscais, que ainda não teve sinal verde do Ministério da Fazenda. Enquanto isso, o atraso na restituição do IR já começa a preocupar quem espera pelo pagamento.
Por outro lado, o governo federal afirma que já atendeu parte das demandas da categoria ao regulamentar, no ano passado, um bônus de produtividade. Esse valor começou a ser pago e, segundo o acordo, teria aumentos escalonados até o ano que vem.
Fonte: Notícias UOL
Conclusão
Sendo assim, resta agora acompanhar os próximos passos e torcer para que a greve chegue ao fim em breve. Quanto mais tempo durar, maior o risco de atrasar não só a restituição do IR, mas também outras entregas importantes da Receita que impactam diretamente a vida dos contribuintes.
Perguntas Frequentes
Sim. O Sindifisco já confirmou que a greve pode atrasar o processamento das declarações. E, com isso, adiar o pagamento da restituição para quem tem valores a receber.
Vai sim. Segundo o sindicato, as declarações que caírem na malha devem levar mais tempo para serem analisadas. O que prorroga o pagamento da restituição ainda mais para frente.
Ainda não oficialmente, mas os sinais já apareceram. A declaração pré-preenchida, por exemplo, demorou mais que o normal para ficar disponível, o que já acende o alerta de atrasos.
Sim. A paralisação também travou o fluxo de mercadorias no país, interrompeu julgamentos de sonegação. Além disso, também suspendeu a produção da cartilha que ajuda os contribuintes no preenchimento da declaração.
O primeiro lote está previsto para 31 de maio, mas a greve pode afetar essa data, principalmente para quem tiver pendências na declaração.