salário
Um relatório recente indica que as mulheres recebem, em média, 20,7% a menos que os homens, refletindo uma desigualdade salarial persistente no mercado de trabalho
No 2º Relatório de Transparência Salarial e Critério Remuneratório, foi revelado que mulheres em empresas com 100 ou mais funcionários recebem 20,7% a menos que homens. O levantamento abrangeu 50.692 empresas e utilizou dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023. Em março, o primeiro relatório já havia indicado uma desigualdade salarial de 19,4%.
O relatório indica que a média salarial das mulheres é de R$ 3.565,48, enquanto a dos homens é de R$ 4.495,39. Para as mulheres negras, a média é ainda mais baixa, chegando a R$ 2.745,26, o que representa uma diferença de 50,2% em relação aos homens não negros, que ganham R$ 5.464,29. Além disso, apenas 27,9% das empresas possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres negras, e 42,7% têm entre 0% e 10% de colaboradoras pretas ou pardas. As mulheres brancas, por sua vez, recebem em média R$ 4.249,71.
Os dados sobre cargos de liderança são igualmente alarmantes. As mulheres em posições de gerência e direção ganham, em média, 27% a menos que os homens, e essa desigualdade aumenta para 31,2% entre as mulheres com nível superior. Além disso, o segundo relatório de transparência salarial revela que 55% das empresas utilizam planos de cargos e salários como referência para definir a remuneração.
Conforme a Instrução Normativa GM/MTE nº 6, de 17 de setembro de 2024, publicada pelo MTE, foram definidas medidas para um plano de ação que visa mitigar a desigualdade salarial, com um prazo de 90 dias após a notificação. Conforme as normas da Instrução Normativa, a empresa deve criar canais específicos para denúncias, estabelecer mecanismos de fiscalização contra a discriminação salarial e garantir a transparência salarial, entre outras ações.
arrasta pra cima e conheça nosso canal de notícias!
Gostou do conteúdo?